Paradeiro de Khadafi permanece incerto

Retirado da Agência Brasil

Da BBC Brasil

Brasília – Sob fortes embates entre forças aliadas do governo e a oposição em Trípoli, na Líbia, na área em volta ao quartel-general do presidente Muammar Khadafi, o paradeiro do líder líbio permanece um mistério. Não há informações se ele estava no local, nem qual é seu paradeiro. Paralelamente, há especulações sobre a fuga de Khadafi para países vizinhos, como a África do Sul. Mas o governo sul-africano negou qualquer tentativa de pedido de asilo.

As especulações de que a África do Sul enviou um avião para retirar o líder líbio de Trípoli foram rebatidas pelo governo sul-africano. “O paradeiro de Khadafi? Não sabemos. Imaginamos que ainda está na Líbia”, disse a ministra das Relações e Cooperação Internacionais, Maite Nkoana-Mashabane. “Com certeza ele [Khadafi] não pedirá para vir para cá.”

Ao pedir asilo na Itália, o segundo líder do regime líbio, Abdessalem Jalloud, que abandonou o governo, disse não acreditar que Khadafi vá se render ou cometer suicídio diante do avanço rebelde. “Ele não tem como sair de Trípoli. Todas as rotas estão bloqueadas. Ele só pode sair a partir de um acordo internacional e acho que essa porta já está fechada”, disse Jalloud.

Desde maio, Khadafi não é visto em público, apesar de ter divulgado desde então, com frequência, mensagens em áudio e vídeo de locais não divulgados. A mais recente mensagem foi ao ar ontem (21) à noite. No áudio transmitido pela emissora estatal de televisão, Khadafi exortou moradores da capital a “salvar Trípoli” dos rebeldes.

Mais de 80% da capital já estão nas mãos dos rebeldes e três filhos de Khadafi foram presos, incluindo o que vinha sendo apontado como o sucessor no regime líbio, Saif Al Islam. A prisão de Islam foi confirmada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia, na Holanda, para onde o filho de Khadafi pode ser extraditado.

Os rebeldes afirmam ainda que outro filho de Khadafi – Mohammed – rendeu-se, assim como a guarda pessoal do líder líbio. O presidente do Conselho Nacional de Transição, a coalizão rebelde, Mustafa Mohammed Abdul Jalil, disse que os rebeldes vão encerrar a ofensiva se Khadafi anunciar sua saída.

 

Insurgentes líbios nomeiam presidente de governo interino

Do Portal RFI
O comandante britânico Greg Bagwell disse que a aviação militar líbia "não existe mais como força de combate".

O comandante britânico Greg Bagwell disse que a aviação militar líbia “não existe mais como força de combate”.

Reuters

Os insurgentes líbios designaram Mahmoud Jabril como chefe de governo interino, indicando uma mudança na estratégia seguida até agora pelo Conselho Nacional de Transição. Considerado um reformista, o novo presidente provisório, que estava à frente do comitê de crise para assuntos militares e exteriores, assumirá a tarefa de nomear ministros. Enquanto isso, general britânico afirmou que a aviação militar líbia “não existe mais como força de combate”.

A informação foi divulgada pela emissora Al Jazeera. Até agora, Jabril havia desempenhado a representação exterior do CNT, criado em 27 de fevereiro, e tinha viajado a Paris para se encontrar com o presidente francês, Nicolas Sarkozy – primeiro país a reconhecer oficialmente a autoridade dos rebeldes em Benghazi.

Considerado um reformista, sua designação pode ser interpretada como um passo em busca do reconhecimento exterior, embora até agora os rebeldes tenham evitado essa denominação para tentar diminuir o risco de divisão no país. A falta de organização da revolta e os protestos iniciados em Benghazi em 16 de fevereiro –que um dia depois atingiu o país de leste a oeste – foram agravados pela ausência de uma liderança clara entre a mobilização opositora na Líbia – que foi assumida provisoriamente por Mustafa Abdel Jalil, ex-ministro da Justiça de Muammar Kadafi.

No entanto, as dissonâncias fizeram-se evidentes, desde o primeiro momento, por sua particular interpretação das decisões do CNT, cujo vice-presidente e porta-voz oficial, Abdel Hafiz Ghoga, teve de desmenti-lo em várias ocasiões. Sem o consenso dos demais conselheiros, ele defendeu a aceitação da saída de Kadafi em troca da garantia de que os rebeldes não levariam o ditador à Justiça, proposta que suscitou críticas entre os conselheiros.

A ausência de uma liderança clara, somou-se a descoordenação dos insurgentes, que agiram no plano militar com pouca estratégia, o que ficou evidenciado quando Kadafi lançou uma contraofensiva e chegou às imediações de Benghazi. As tropas leais ao ditador foram detidas na região pelos ataques aéreos da coalizão internacional.


Ataques da coalizão continuam

Os aviões da coalizão internacional na Líbia bombardearam nesta quarta-feira as forças do ditador perto da cidade de Misrata, onde rebeldes da oposição enfrentam uma forte ofensiva. Ao menos 90 teriam morrido no ataque. Kadafi mantém tanques e franco-atiradores no centro de Misrata, a terceira maior cidade do país.

Os rebeldes, que têm conseguido manter o controle, relatam um massacre, com atiradores matando até mesmo médicos que aplicam os primeiros-socorros em feridos. Os hospitais, relatam testemunhas, estão lotados e muitos feridos aguardam no chão por tratamento. A manhã de quarta-feira foi marcada por explosões e artilharia pesada antiaérea na capital da Líbia, Trípoli, mais um dia de ofensiva internacional contra as forças do ditador.

Greg Bagwell, general britânico da Royal Air Force, afirmou hoje que a aviação militar líbia “não existe mais como força de combate”, depois de quatro dias de bombardeios realizados pela coalizão internacional no país. Bagwell disse que os aviões estrangeiros voam livremente dentro do espaço aéreo da Líbia, atacando tropas no solo em qualquer local onde a população civil esteja sob ameaça.

“Nós estamos agora fazendo pressão incessante sobre as forças armadas líbias”, disse o comandante em uma base aére no sul da Itália, onde jatos britânicos estão baseados. “O sistema de defesa aérea está gravemente deteriorado, de forma que podemos operar livremente no espaço aéreo livre.”

Ele relatou ainda que devem haver algumas mudanças na estrutura de comando das forças aliadas, mas que a operação continuará de forma semelhante.

Proposta de cessar-fogo deve ser analisada por Conselho de Segurança na quinta-feira

Do Portal RFI
O secretário geral da ONU Ban Ki-moon (segundo à direita ) com o enviado especial da ONU na Líbia,  Abdel-Elah Mohamed Al-Khatib (à direita) durante briefing sobre a aplicação da resolução autorizando o recurso à força  na Líbia.

(O secretário geral da ONU Ban Ki-moon (segundo à direita ) com o enviado especial da ONU na Líbia, Abdel-Elah Mohamed Al-Khatib (à direita) durante briefing sobre a aplicação da resolução autorizando o recurso à força na Líbia. UN Photo/Eskinder Debebe)

De acordo com a porta-voz do ministério das Relações Exteriores francês, o Conselho de Segurança da ONU poderá debatar a proposta de cessar-fogo na Líbia feita pela Rússia, durante uma nova reunião para avaliar a crise no país que acontecerá na quinta-feira.

A Rússia absteve-se da votação que aprovou a resolução 1973, prevendo intervenção militar internacional na Líbia para conter a violência entre as tropas do ditador Muammar Kadafi e os insurgentes que exigem a sua demissão. Os russos ainda condenaram a série de bombardeios realizados pela coalizão, liderada por França, Reino Unido e Estados Unidos.

A ONU anunciou hoje que o enviado especial da organização na Líbia, o jordaniano Abdel-Elah Mohamed Al-Khatib, conversou no final da noite de segunda-feira com a direção das forças rebeldes líbias em Tobruk. Enquanto isso, o comissário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, está em visita oficial a Tunis, na Tunísia, vizinha da Líbia. Al-Khatib encontrou-se com o presidente do Conselho Nacional de Transição, Mustafa Abdel Jalil, ex-ministro da Justiça da Líbia, e ouviu dele as reivindicações dos rebeldes.

Nesta terça-feira, foram registrados violentos confrontos entre insurgentes e aliados do ditador Muammar Kadafi na região de Yefren, a sudoeste de Trípoli, matando nove pessoas e ferindo dezenas. Os combates haviam se iniciado na segunda-feira. Os habitantes reclamam que a intervenção internacional tardou a chegar e por isso os apoiadores de Kadafi conseguiram retomar posições, evitando que os feridos fossem levados aos hospitais da região e que as famílias consigam abandonar a cidade. Problema semelhante está enfrentando a cidade de Zintan, no noroeste do país. Entre ontem e hoje, ao menos 40 pessoas morreram em confrontos nesta região.

O Parlamento espanhol aprovou hoje, por grande maioria, a participação da Espanha na operação militar internacional na Líbia. O país deverá contribuir com quarto caças F-18 e um avião de abastecimento. A participação espanhola foi aprovada por 336 deputados. Somente três parlamentares votaram contra.
Dois aviões espanhois já haviam participado de missões de reconhecimento do espaço aéreo líbio.

Lula condena ataque à Líbia: “Secretário da ONU deveria ir lá para conversar”

Do Vi o Mundo

por Claudio Leal, no Terra Magazine
De São Paulo

Em evento com a comunidade árabe, no Clube Monte Líbano, em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou os ataques à Líbia. “Quero dizer que sou solidário à posição do Brasil, que se absteve na ONU (Organização das Nações Unidas) contra as invasões”. Para ele, a aprovação dos bombardeios se deve ao “enfraquecimento da ONU”.

– Em vez de mandar avião, o secretário da ONU deveria ir lá para conversar – criticou, numa alusão indireta ao ditador líbio Muammar Kadafi.

Lula recebeu uma homenagem da Fundação das Associações Muçulmanas do Brasil (Fambras), que destacou a aproximação do País com o mundo árabe nos últimos oito anos. O líder petista comentou a visita do presidente norte-americano Barack Obama e ironizou os detratores de seu governo, citando “os rasgados elogios” de Obama à inclusão social no Brasil.

– Possivelmente agora… alguns que passaram dez anos me criticando passem a falar bem.

Irônico, o petista avaliou os afagos recebidos pela presidente Dilma Rousseff nos primeiros dias de governo.

– Acho simplesmente extraordinário e hilariante. Durante oito anos, alguns adversários tentavam vender que éramos a continuidade do governo anterior. Agora que elegemos alguém para dar continuidade, dizem que é diferente… – atacou, diante de uma platéia de embaixadores árabes.

Na cerimônia, houve um minuto de silêncio para as vítimas dos desastres naturais no Japão e, genericamente, para as “vítimas civis”, uma referência indireta aos mortos nos bombardeios na Líbia. Nesse momento, Lula também se levantou, em solidariedade.

Terra Magazine

Governo da Líbia anuncia cessar-fogo

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O governo do coronel Muammar Khadafi anunciou, por meio de um porta-voz do Exército, um cessar-fogo a partir das 21h (horário local). As informações são da Agência Lusa. Em conferência de imprensa, o porta-voz afirmou que o anúncio surge como resposta ao apelo lançado pela União Africana de uma “cessação imediata das hostilidades”.

Aviões americanos voltaram a lançar ataques hoje (20) contra posições das forças de segurança de Muammar Khadafi, após uma noite de ofensivas por terra e ar. A TV estatal líbia exibiu hoje imagens de corpos e veículos militares queimados na estrada que as forças do governo estavam usando para lançar sua ofensiva em Benghazi, a principal cidade do Leste da Líbia, que voltou ao controle rebelde.

Desde o dia 17 está autorizada pelo Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) a intervenção militar. O bombardeio pelos países aliados (Estados Unidos, França, Inglaterra, Itália e Canadá) começou ontem (19).

Edição: Graça Adjuto

França reconhece Conselho Nacional Líbio

Da BBC Brasil

Brasília – O governo da França reconheceu hoje (10) a liderança da oposição da Líbia, por meio da consolidação do Conselho Nacional Líbio (CNL) como representante legítimo do país imerso em conflito. Desde o último dia 15, oposicionistas e forças leais ao presidente líbio, Muammar Khadafi, disputam o poder e o controle das regiões do país.

A decisão do governo francês foi anunciada em Paris pelo gabinete do presidente da França, Nicolas Sarkozy, um dia depois de deputados do Parlamento Europeu terem exortado a União Europeia (UE) a reconhecer os rebeldes.

A chefe da Diplomacia da UE, Catherine Ashton, informou que deve haver consenso no bloco para assumir uma decisão comum. Ela disse que não dispõe de mandato para tomar uma decisão unilateral.

Dilma pede ao Itamaraty providências urgentes para libertar jornalista brasileiro detido na Líbia

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff pediu providências urgentes ao ministro interino das Relações Exteriores, embaixador Ruy Nogueira, para garantir a integridade física e a libertação do repórter brasileiro Andrei Netto, do jornal O Estado de S. Paulo, que está detido na Líbia.

De acordo com nota divulgada hoje (10) pela Presidência da República, Dilma está acompanhando a situação do jornalista e foi informada pelo Itamaraty de que Netto está em Sabratha, a 60 quilômetros de Trípoli, capital da Líbia.

O texto afirma ainda que o embaixador brasileiro na Líbia, George Ney de Souza Fernandes, está empenhado em busca de uma solução rápida para o caso.

A direção de O Estado de S. Paulo informou ontem (9) que perdeu o contato com o repórter, que fazia a cobertura na área de Zawiya – uma das regiões onde os conflitos são mais intensos. A pedido da direção do jornal, o Ministério das Relações Exteriores e a Embaixada do Brasil passaram a atuar na localização de Netto.

Edição: Juliana Andrade

PATRIOTA CONFIRMA QUE BRASIL SÓ APOIARÁ INTERVENÇÃO MILITAR NA LÍBIA SE HOUVER DEFINIÇÃO DO CONSELHO DE SEGURANÇA DA ONU

O ministro das Relações exteriores do Brasil, Antonio Patriota, confirmou em comunicado que o Brasil só irá apoiar uma possível intervenção militar na Líbia se houver uma definição por parte do Conselho de segurança da entidade supranacional Organização das Nações Unidas (ONU). Uma ação militar na Líbia é apoiada pelos Estados Unidos, a Inglaterra e a França.

Segundo Patriota: “Qualquer iniciativa militar, inclusive a de exclusão aérea, só pode ocorrer dentro do devido respeito ao rigor das Nações Unidas”. Assim como expressa respeito pela soberania da ONU, o que demonstra que age como país soberano, o ministro insiste no fato de que o diálogo ainda é a melhor forma de superar o impasse entre as forças ligadas ao presidente da Líbia, Muammar Khadafi, e os oposicionistas.

Dizendo que “O Brasil é favorável à liberdade de expressão, da defesa da melhoria da dignidade humana e esperamos que o diálogo ocorra dentro de um ambiente pacífico e sem violações”, Patriota demonstrou a inclinação do Brasil em ser a favor das manifestações na Líbia em prol da democracia.

De acordo com notícia da Agência Brasil, Patriota não esqueceu o êxodo de migrantes que vem ocorrendo com as manifestações políticas:

“No entanto, Patriota disse que é necessário dar apoio a “eventuais ondas de migração” para a Europa e reforçar a “proposta de estabelecimento de zonas livres de armas nucleares em regiões com focos de tensão, como o Oriente Médio”. “É importante garantir a assistência humanitária”, afirmou ele, referindo-se aos imigrantes que tentam deixar o país e sofrem com a discriminação na Europa.”

Patriota ainda lembrou que “o Brasil apoiou a suspensão dos líbios no Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, na semana passada.”

 

TRIBUNAL NACIONAL DE HAIA INVESTIGARÁ DENUNCIAS CONTRA PRESIDENTE LÍB IO MUAMMAR KADHAFI

Em meio as denuncias contra o presidente da Líbia, Muammar Kadhafi, de que ele tenha ordenado bombardeios em áreas urbanas e também enterrado pessoas vivas, o Tribunal Internacional de Haia irá investigar os possíveis crimes contra a humanidade neste país.

Hoje o promotor do tribunal, Luis Moreno-Ocampo, pretende revelar os nomes dos envolvidos: “O promotor vai apresentar um resumo dos supostos crimes cometidos na Líbia desde o dia 15 de fevereiro de 2011 e informações preliminares a respeito das entidades e pessoas que poderão ser processadas”, informou o TPI, em comunicado.

A nota ainda diz que “Além disso, o promotor também vai pedir informações de outras fontes, incluindo a Interpol [organização internacional que colabora com as polícias de vários países], que vai dar assistência”. Ainda há a contribuição com o gabinete do promotor da instituição supranacional Organização das Nações Unidas, da União Africana e da Liga Árabe.

De acordo com notícia vinculada na Agência Brasil de ontem:

“Após a fase de investigações, o promotor vai apresentar as conclusões aos juízes que integram o tribunal. Os magistrados decidirão se vão emitir mandados de prisão com base nas provas apresentadas.

A estimativa, segundo organizações não governamentais, é que cerca de mil pessoas morreram nos conflitos entre manifestantes e policiais na Líbia. De acordo com dados recentes, o Leste do país está sob controle de forças contrárias ao regime. Os ativistas contra Kadhafi fizeram de Benghazi, a segunda maior cidade do país, sua capital.”

Ministra de Direitos Humanos chefia delegação brasileira em reunião da ONU sobre destino de Khadafi

Pescado no Rede Brasil Ataul

Por: Renata Giraldi, da Agência Brasil

Publicado em 28/02/2011, 11:45

Última atualização às 11:46

Ministra de Direitos Humanos chefia delegação brasileira em reunião da ONU sobre destino de Khadafi Ministra Maria do Rosário, durante o programa Café com Ministro (Foto: Antonio Cruz/ABr)

Brasília – A ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, representará o Brasil na reunião extraordinária desta segunda-feira (28) do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em Genebra, na Suíça, para definir medidas restritivas à Líbia. Ela é a chefe da delegação brasileira, segundo a Secretaria de Direitos Humanos e o Itamaraty. A reunião está prevista para começar às 14h (horário de Brasília). O conselho examina, entre outras denúncias, as informações de que pessoas foram enterradas vivas e de que civis foram bombardeados. O governo líbio nega as acusações.

O governo brasileiro repudia todos os atos de violência e defende o fim dos embates entre forças policiais e manifestantes. Há 13 dias ocorrem protestos no país na tentativa de forçar a saída do presidente líbio, Muammar Khadafi. Dados não oficiais informam que cerca de mil pessoas morreram nos conflitos e 100 mil tenham fugido da Líbia.

Os representantes dos países que integram o conselho estão preocupados com os estrangeiros que estão com dificuldades de deixar a Líbia e sofrem nas fronteira do país com a Tunísia. Também há acusações de apreensão de passaportes, documentos pessoais e bens.

Desde o último dia 15, a oposição lidera protestos na Líbia para a saída de Khadafi. No poder há quase 42 anos, o líbio resiste a abrir mão do comando do país. Paralelamente ele intensifica os confrontos com os manifestantes.

Neste sábado (26) o Conselho de Segurança das Nações Unidas, por unanimidade, aprovou uma resolução de embargo à venda de armas para a Líbia e o congelamento dos bens de autoridades do país. Também ficou decidida a proibição de vistos para Khadafi e as pessoas ligadas a ele.

Por recomendação do Conselho de Segurança, o presidente líbio deve ser julgado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI). Ele é acusado de crimes contra a humanidade cometidos durante as manifestações.